12 dezembro 2011

Dar Voz ao Adepto: O amor de Joaquim Couto


Joaquim Couto, Presidente da Casa da Académica em Lisboa, (segundo a contar da esquerda) entregou a capa e batina aos juniores da Briosa Luís Melo e Paulo Ribeiro.

Um académico dedicado e apaixonado. Assim se resume Joaquim Couto, Presidente da Casa da Académica em Lisboa. Aos 60 anos e a cumprir o segundo mandato enquanto Presidente da casa da Briosa na capital portuguesa, Joaquim Couto concedeu uma entrevista ao Site Oficial da Académica onde falou do passado, do presente e do futuro do clube dos “estudantes”.


A conversa decorreu de forma informal tal a paixão com que Joaquim Couto dedica a cada palavra. O discurso sai de forma fluente porque quando as palavras são o resultado de um sentimento “inexplicável” pela Académica.

Joaquim Couto é um dos fundadores da Casa da Académica em Lisboa e esteve presente recentemente no Estádio EFAPEL Cidade de Coimbra, na partida que opôs a Briosa ao Sp. Braga, para entregar a capa e batina a dois jovens atletas dos juniores da Académica, Luís Melo e Paulo Ribeiro, que este ano ingressaram na Universidade de Coimbra. Foi apenas uma das muitas iniciativas que a Casa da Académica em Lisboa tem promovido e que representam, cada vez mais, verdadeiros “espaços de academismo, de discussão e de tertúlia.”.

Até porque, como diz Joaquim Couto, “não há ninguém igual à Académica”. “As Casas da Académica são um Mundo muitogrande no horizonte da Briosa. São espaços de tertúlia que trazem a paixão dos académicos de todo o país a Coimbra. O nosso objectivo é estarmos sempre ligados a Coimbra, aos nossos valores e cultura.”. Está assim dado o pontapé de saída na conversa…

1 - Como é ser adepto da Académica em Lisboa?

Ser da Académica é uma vivência. Quando estamos distantes de Coimbra, essa vivência é maior. É viver todos os dias os valores e a História da Académica. É ter memória e manter a nossa identidade, partilhar a nossa História. Estamos em permanente desafio pois somos um clube nacional e temos adeptos em todo o lado. Desejo uma Académica moderna, dinâmica e preparada para os desafios pelo que não podemos parar nos saudosismos. Queremos contribuir para uma Académica com mística e ambição e é isso que em Lisboa procuramos divulgar.

2 – A Casa da Académica em Lisboa homenageou dois jogadores no jogo com o Sp. Braga. Qual a importância deste tipo de iniciativas?

Faço questão de dizer os nomes deles! Oferecemos a capa e batina ao Luís Melo e ao Paulo Ribeiro. Foi um acto com grande simbolismo. Uma das matrizes da Académica é a existência do jogador-estudante, é compatibilizar estudos e desporto. A Académica é uma Instituição que se preocupa com a formação humana e cultural dos atletas. É isto que nos faz diferentes. Formar jogadores mas sobretudo formar homens. Nisso, a Académica é um exemplo no desporto nacional.

3 – O que é ser da Académica? Que momentos e episódios recorda de tempos antigos?

Ser da Académica é algo inexplicável. É um amor, uma paixão, que tem também dissabores, nas derrotas, e a alegria das vitórias. A grande recordação que eu tenho de tempos antigos era sem dúvida os tempos em que percorria Portugal de capa e batina, atrás da Académica. Ia à boleia ou nos transportes públicos, ainda hoje recordo esses tempos… Era uma verdadeira alegria académica, atrás da nossa Briosa, nunca vou esquecer isso. Pertencia a um grupo fantástico que ia para onde a Académica estava.

4 – Como tem visto o percurso da Académica esta temporada?

Falta ainda um longo percurso mas estamos a ter uma boa prestação. Penso que devemos honrar os nossos pergaminhos e a nossa História. Com muito trabalho, penso que vamos ter uma classificação honrosa. Não é fácil, hoje em dia, no negócio total do futebol, mantermos equipas com o perfil da Académica. Esse é o nosso grande desafio.

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